Você já ouviu falar deles. Mas sabe mesmo quais são todos os comportamentos sexuais de risco?

Estou sempre falando aqui no blog e nas redes sociais sobre comportamento sexual de risco. E com certeza é um termo que vocês já ouviram muito em programas de tevê, sites, jornais. Mas afinal, vocês sabem mesmo quais são esses comportamentos? E, principalmente: vocês estão se cuidando?

Praticar sexo desprotegido (sem o uso de preservativo) é um dos comportamentos sexuais de risco mais negligenciados ultimamente. Segundo o IBGE, entre 2009 e 2019, caiu de 72,5% para 59% o percentual de adolescentes entre 13 e 17 anos que usaram camisinha na última relação sexual. Provavelmente o que tem levado a isso é uma combinação de falta de educação em sexualidade adequada (em casa e na escola) e falta de políticas públicas.

E as consequências?

  • o sexo sem proteção pode levar à gravidez indesejada;

  • o sexo sem proteção, seja vaginal, anal ou oral, pode levar à infecção por ISTs, como HPV, sífilis, gonorreia, clamídia e HIV;

  • o sexo anal sem proteção, mesmo quando a penetração acontece com o uso de dedos, boca ou sextoys, ou mesmo quando a estimulação é feita com a boca/língua, representa um alto risco de se contrair ISTs. A pele que reveste o reto é fina e a fricção pode facilmente causar fissuras, permitindo a entrada de vírus e bactérias no corpo.

Mas não é só usar camisinha e pronto, “estou seguro”.

Engajar em atividade sexual sob efeito de álcool ou drogas também é um comportamento de risco, pois essas substâncias afetam o poder de decisão. Embora tenha quem goste de tomar uns drinques ou consumir alguma droga para relaxar, é importante lembrar que a pessoa alcoolizada ou drogada pode topar ter relações sem proteção, com diversas parcerias desconhecidas, ou outra situação, o que talvez não acontecesse se não estivesse sob influência dessas substâncias. A propósito, vale buscar um psicólogo se achar que o consumo de álcool ou drogas está fugindo do seu controle.

E pagar por atividades sexuais idem, pois de acordo com o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention – EUA), as pessoas que fazem isso são mais propensas a se envolverem em comportamentos sexuais de alto

risco, como ter várias parcerias sexuais sem o uso de preservativo.

Vale lembrar ainda que ter múltiplas parcerias ou ter relações com parcerias desconhecidas também aumenta a chance de se contrair Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Claro que é uma decisão individual o ‘com quem ou com quantas parcerias’. Mas lembre-se de usar preservativo durante qualquer tipo atividade sexual, fazer exames regularmente e ter um diálogo aberto com a(s) parceria(s) para diminuir os riscos.

*Aliás, estes cuidados valem sempre, em quaisquer dessas situações.

Nada é 100% seguro. E agora?

A abstinência sexual, seja do sexo vaginal, anal ou oral, é o único método 100% seguro de se prevenir contra HIV, outras ISTs e gravidez indesejada. O uso correto e consistente da camisinha, seja a masculina ou a feminina, ajuda a diminuir os riscos. Contudo, nenhum método é de fato 100% seguro. O preservativo não pode garantir proteção absoluta (e o mesmo vale para as pílulas contraceptivas no caso de gravidez).

Mas o sexo é uma parte natural e importante da vida e deve ser um momento prazeroso, gostoso, divertido. Só que, no fim do dia, ninguém quer ter uma gravidez indesejada ou contrair alguma doença.

Então sejam felizes, praticando o sexo consensual e protegendo a si mesmos e a parceria, ok?!

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