Benefícios para a vida sexual e saúde

Lá muito atrás, quando o pompoarismo surgiu (e ainda nem tinha esse nome), ele era mantido em segredo, envolto em técnicas de contrações vaginais e rituais de fertilidade, magia, poder energético e sacerdotisas. Foi passado oralmente por gerações de mãe para filhos. Sem registros escritos, muito do conhecimento antigo se perdeu.

Dizem que surgiu na Índia e foi aprimorado no Japão e na Tailândia. De vaginas que atiram bolinhas de ping-pong e assopram velas, a técnica milenar foi ganhando uma conotação mais sexual.

Atualmente podemos fazer um paralelo do pompoarismo com o treino de musculatura do assoalho pélvico, ligado à fisioterapia. E aqui o foco é mais na saúde como um todo e na saúde sexual.

Por isso, este artigo foi feito em parceria com a fisioterapeuta pélvica especializada em sexualidade humana, Vany Giannini, da Fisio Care Brasil, que vem esclarecer tudo sobre treino do assoalho pélvico e pompoarismo.

Na abordagem da fisioterapia pélvica, com o treinamento dos músculos do assoalho pélvico, os exercícios prescritos são individualizados e dependem de uma avaliação particular e minuciosa de cada paciente. O enfoque é no trabalho de força, resistência, potência e coordenação muscular.

É trabalhada tanto a prevenção como a correção de algumas alterações da funcionalidade dos músculos do assoalho pélvico (não só dos músculos, mas de toda a pelve – ligamentos, nervos, fáscias, inclusive a parte articular).

Podemos dizer que a própria abordagem do pompoarismo serve para a mulher se descobrir e despertar para o autoconhecimento do corpo. Mas os exercícios de fisioterapia pélvica vão mais fundo ainda e têm entre os benefícios também a prevenção e o tratamento de incontinências e disfunções sexuais no geral.

Dicas e curiosidades sobre o pompoarismo

Ben Wa

São as bolinhas com guizo, muito usadas no pompoarismo. A ideia é introduzir uma bolinha no canal vaginal, e com a força da musculatura do assoalho pélvico, a mulher puxa a segunda bolinha para dentro. Ou também, quando todas as bolinhas já estiverem dentro, com o movimento da força da musculatura, a mulher bate uma bolinha na outra, fazendo o barulho do guizo.

É uma técnica bem difícil e, na opinião da Vanny, não traz tantos benefícios do ponto de visita fisiológico.

Cones vaginais

No lugar das bolinhas de ben wa, fica aqui a dica da Vany de usar os cones vaginais como um adaptativo para o treinamento da musculatura do assoalho pélvico

É uma técnica menos difícil que o ben wa, mas também demanda uma boa consciência corporal (trabalho que a fisioterapia pélvica vai entregar)

Os 3 anéis vaginais

Quem entende um pouco sobre pompoarismo já deve ter ouvido falar nos três anéis do canal vaginal. Mas essa história na verdade é um mito. Tais anéis não existem!

Já prender xixi…

Não é recomendável prender durante o jato urinário, pois pode levar a riscos de infecção urinária e alteração no trato miccional.

 

Dica de treino fácil e útil

Para trabalhar a musculatura do assoalho pélvico:

Sente sobre uma almofadinha ou sobre uma toalha de rosto enrolada, posicionada em direção ao períneo. A ideia é ativar a musculatura como se desprendesse o contato da vulva com a toalha/almofada.

Cólica

As técnicas do pompoarismo não auxiliam nas dores da cólica, já que os exercícios não alcançam o útero.

 

Fique sabendo que…

⅓ das mulheres não sabe fazer a força correta e nem executar corretamente exercícios de contração. Muitas vezes até fazem força contrária, como se fosse de expulsão.

A fisioterapia pélvica tem um papel bem importante aí.

Pompoarismo para homens

Já existe, mas é invenção da modernidade, porque na realidade o pompoarismo é uma técnica milenar passada de mãe para filha.

 

Chupitar, travar, sugar, estrangular etc

São nomes curiosos – mas que dizem tudo – usados no pompoarismo para a manobra de prender o pênis.

PS.: não são manobras fáceis de fazer!

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