Nos últimos tempos é provável que você tenha visto o tema ‘não monogamia’ circulando por aí.

Será que virou moda abrir o relacionamento, fazer trisal, viver o poliamor?

Recentemente, Anitta, influenciadores e outros famosos declararam ter um acordo de relação não monogâmica com a parceria.

“Ah, tá vendo, isso é coisa de gente famosa.”

Não, meros mortais também têm aderido.

Você já pensou que a ideia do amor romântico e monogâmico nos foi imposta? Por costumes, crenças ou culturas, na realidade é como se não tivesse havido outra opção. Entramos num relacionamento e já há um acordo invisível, porém pré-estabelecido, de que um pertence ao outro e não há espaço para um terceiro elemento.

Acontece que muitas pessoas hoje entendem e assumem que essa fórmula não funciona para elas.

Elas entenderam que a monogamia não funcione, talvez, por verem casais de gerações mais velhas viverem uma vida de relações extraconjugais e falta de transparência dentro do relacionamento.

Outro fato é que a sociedade já aceita – um pouco – melhor, hoje, que as mulheres possam ter quantas parcerias quiserem.

Provavelmente por tudo isso e mais outros fatores.

Não há certo ou errado, há o que funciona melhor para cada relação. Se o casal conversa honestamente, entra num acordo, consegue administrar o ciúme, e vive uma relação feliz, perfeito. O combinado não sai caro.

Em uma não monogamia, o casal combina como irá abrir a relação, como esse acerto funcionará para eles. Está liberado sair com outros, mas precisa contar sempre para a parceria? Quais serão os momentos que esses encontros poderão acontecer? Poderá ser gente do mesmo círculo de amigos? E se houver envolvimento, o que fazer? E se não quiser mais?

Se foi combinado, não é traição.

Como em qualquer relação, monogâmica ou não, a chave é o diálogo.

PS: Não esqueça de ser transparente também com o ‘terceiro elemento’.

Tipo de relações não monogâmicas

Ao contrário da monogamia, no arranjo não monogâmico não há exclusividade afetiva e/ou sexual.

Então está liberado ficar com outras pessoas?

Depende. Na não monogamia os envolvidos precisam primeiro combinar como as relações com outras pessoas podem acontecer. Se as regras estão combinadas, ficar com outro não é mais traição. O que não vale é descumprir as regras do acordo.

E o contrato da relação sempre pode mudar. As pessoas podem experimentar a relação não monogâmica e, caso sintam ciúmes, o melhor é que conversem sobre voltar ou não ao modelo anterior.

Tudo esclarecido, então vamos aos tipos de relações não monogâmicas:

 
Relacionamento aberto
  • pode haver relações sexuais com outras pessoas;

  • mas há exclusividade afetiva.

 

Poliamor
  • três ou mais pessoas têm entre si uma relação sexual e afetiva;

  • essa relação pode ser fechada (o relacionamento é só entre eles) ou aberta (eles podem se relacionar com pessoas de fora da relação).

 

Amor livre
  • os parceiros são livres para se relacionarem como quiserem com outras pessoas;

  • esses envolvimentos podem ser sexuais e/ou românticos.

 

Anarquia relacional
  • há relação afetiva entre duas ou mais pessoas;

  • mas não existe hierarquia entre elas;

  • pode haver envolvimento afetivo e sexual com pessoas de fora da relação.

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