autossexualidade

Atração por si mesmo não é ego. Autossexualidade é autoconhecimento, prazer e mais uma forma legítima de viver a sexualidade.

Você já se olhou no espelho e pensou: “eu me pegaria”?

Pode parecer brincadeira, mas algumas pessoas sentem sim desejo por si mesmas.

A autossexualidade é a atração sexual voltada para si mesmo – quando o desejo, o prazer e a excitação vêm da própria imagem, do próprio corpo e das próprias fantasias.

Esse termo ganhou força nos últimos anos, principalmente depois que celebridades começaram a falar abertamente sobre isso, mas ele não é novo. Essa orientação foi definida pela primeira vez em 1989 pelo terapeuta estadunidense Bernard Apfelbaum.

O que é ser autossexual?

Ser autossexual não significa ser narcisista, egocêntrico ou “se achar demais”. Tampouco significa não sentir atração por uma parceria.

A pessoa autossexual sente desejo e prazer ao imaginar a si mesma em situações eróticas – seja sozinha, durante a masturbação, ou mesmo quando está com alguém.

Em vez de fantasiar com outras pessoas, ela se excita com a própria imagem, com as próprias expressões e sensações.

É uma forma de autoprazer e autoconhecimento, que não exclui o desejo por outras pessoas – apenas amplia o entendimento do que desperta prazer.

Em resumo: a autossexualidade é sobre reconhecer-se como objeto de desejo, e não sobre negar o outro.

Autossexualidade não é narcisismo

Apesar de lembrar narcisismo à primeira vista, são coisas completamente diferentes.

O transtorno de personalidade narcisista, como traço de personalidade, envolve sentimentos de superioridade e necessidade de admiração constante, de se colocar acima dos outros.

Já a autossexualidade é uma forma saudável de conexão com o próprio corpo, de aceitação e de excitação com a própria imagem, sem desvalorizar ninguém. A pessoa se gosta, aprecia a própria companhia, mas não tem uma visão exagerada de si.

Ela gosta de si, e não se acha melhor que os outros.

Por que isso incomoda algumas pessoas?

A ideia de sentir atração por si mesmo ainda causa estranhamento em uma cultura que, por muito tempo, ensinou a gente a não olhar e muito menos conhecer o próprio corpo.

Mas o autoprazer é parte fundamental da saúde sexual, e conhecer o próprio corpo é o que permite viver relações mais livres, seguras e satisfatórias.

Então, se você se identifica como autossexual saiba que não há nada de errado e é perfeitamente saudável.

Quando buscar ajuda

A sexualidade é fluida e não uma ciência exata e permanente. O que você sente hoje pode mudar com o tempo.

Mas se essa relação com o próprio corpo gera culpa, vergonha ou sofrimento, é importante procurar um terapeuta sexual.

A terapia ajuda a entender o que há por trás disso e a transformar o desconforto em autoconhecimento e bem-estar.

Se amar também é se desejar

Sentir prazer consigo mesmo é um ato de liberdade, e não de vaidade.

A autossexualidade é só mais uma das muitas formas de viver o desejo.

E, no fim das contas, o que importa é se sentir bem na própria pele – e com o próprio prazer.

Curtiu esse tema?

Então vem comigo no Instagram e no TikTok para continuar explorando esse vasto universo da sexualidade. E se quiser receber conteúdos exclusivos, é só se inscrever na newsletter mensal aqui no rodapé do site.

Gostou? Compartilhe!

Comentários

Você também pode gostar: