Precisamos falar mais sobre sexo na terceira idade

Encarar o envelhecimento… nem todos conseguem lidar com isso numa boa. Muita gente tem suas questões quando começam a aparecer as rugas mais marcadas, quando surgem os primeiros problemas de saúde decorrentes da idade avançada, quando percebem que a flexibilidade já não é mais a mesma, nem a capacidade de raciocínio… E no meio desse bololo, se vê que a vida sexual já não tem mais aquele vigor da juventude (mas… existe sim vida sexual na oitava década de vida!).

Mas e quando a velhice traz também alguma demência? Como ela pode afetar a vida sexual da própria pessoa e da parceria?

É sabido que idosos com demência podem apresentar quadros de hipersexualidade, causada pela própria doença ou por medicamentos. Eles começam a falar de sexo em situações embaraçosas, podem acariciar os genitais na frente dos outros, tentar agarrar a parceria ou o cuidador ou querer fazer sexo várias vezes por dia (às vezes até forçosamente), talvez por esquecer que tenha acabado de fazer.

Nessas horas as pessoas do convívio precisam ter muita paciência.

Alguns profissionais recomendam tentar mudar o foco do idoso, oferecendo alguma atividade que o distraia.

Algo que nunca podemos nos esquecer é que esses comportamentos podem ser decorrentes da doença. É importante que haja uma abertura com o profissional de saúde para que esses assuntos sejam trazidos à tona, conversados e conduzidos da melhor forma para paciente e família, e as causas sejam entendidas. A parceria, especialmente, pode sofrer muito com essa situação.

Na realidade precisamos falar mais sobre sexo na terceira idade, até que o assunte se naturalize e deixe de ser tabu. Velhice não é sinônimo de assexualidade.

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