Sua identidade erótica está escondida no armário?
Entramos em junho, o mês do orgulho LGBTQIAP+. Neste mês falamos muito em diversidade de gênero e orientação sexual. Mas hoje eu quero falar sobre um outro assunto que tem muito a ver: diversidade erótica.
Eu já falei aqui neste blog que a sexualidade é fluida. Tudo está sempre em movimento. Uma pessoa pode muito bem se identificar como heterossexual hoje e ter vivido uma fase bissexual no passado. Pode gostar de dominar a parceria na cama, e no futuro preferir ser submissa. O que você acha erótico hoje aos 40 pode não ter sido sua preferência erótica aos 20. Pode ter sido feliz com um sexo baunilha e hoje tem mais prazer com um sexo kink.
Você também pode ter se conhecido melhor e se libertado de certos tabus para finalmente conseguir realizar velhos desejos.
Vale aqui um parênteses: as pessoas partem do princípio de que todo mundo é baunilha (ou seja: todos gostam de um sexo convencional e mais romântico). Porém, contudo, todavia, isso é um pré-conceito. Afinal, há sim muitas pessoas com gostos peculiares na cama.
Às vezes, só quando as portas do quarto fecham é que os desejos eróticos mais fora do convencional vêm à tona!
Os diferentes tipos de diversidade erótica
Acabei de voltar do 17º Congresso da Federação Europeia de Sexologia que aconteceu em Bolonha, Itália. A diversidade erótica foi um dos temas tratados. Fiquei super feliz em ver o assunto sendo debatido num evento tão importante.
Podemos considerar nove tipos principais dentro do campo da diversidade erótica:
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Kink
Refere-se à práticas sexuais não convencionais. O adepto do kink tem prazer com o diferente, com posições não tradicionais, lugares não convencionais, fantasias e acessórios menos comuns. Não confunda com fetiche, que é outra coisa, mas o fetiche pode fazer parte do mundo kink de alguém.
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Baunilha ou Vanila
É quem curte o tradicional na cama – por exemplo, foca mais nas preliminares e na penetração basicamente, do que na imaginação e na criatividade. O termo nasceu entre os adeptos do BDSM (sigla em inglês para bondage, disciplina, dominação, submissão, sadismo e masoquismo) para definir as pessoas fora da comunidade com gostos neutros ou os que não praticam o BDSM. No sexo baunilha pode ter posições variadas, sexo anal e masturbação, e tudo mais considerado comum.
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Fetiche
É quando alguém sente uma atração muito forte por um objeto, uma parte do corpo ou um comportamento.
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Ginessexual
É a atração pela feminilidade ou por estereótipos do gênero feminino, independentemente da identidade de gênero da pessoa alvo desse desejo. Uma mulher bissexual, por exemplo, pode se sentir atraída por homens com jeitos mais femininos.
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Androssexual
Como o ginessexual, porém voltado para o masculino. Ou seja, é sentir atração sexual por estereótipos do gênero masculino, ou pessoas masculinas, podendo elas serem mulheres héteros ou homens gays.
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Dom/Sub
Vem da cultura BDSM – o “dom” é quem tem o controle, a dominação e o poder sobre o “sub”, que é o submisso na relação sexual. Para exemplificar, escravidão, disciplina, humilhação e servidão comumente fazem parte da prática.
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Pup ou Pet Play
É a relação – que pode ter contexto sexual ou não – em que uma pessoa se torna o animal de estimação e deve obediência ao outro, seu ‘dono’. Vale usar máscara, maquiagem, acessórios, fantasias ou imitar o comportamento do bichinho de estimação, emitindo sons ou reproduzindo atitudes. Deriva da relação de hierarquia e obediência do BDSM.
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Furry
Os furries se vestem com fantasias e acessórios de pelúcia – essa textura macia é excitante para os adeptos, que também têm prazer ao ver a parceria vestida da personagem, que pode ser um urso, um cachorro, um panda e etc. Além disso, pessoas introvertidas se sentem mais à vontade na cama por estarem dentro de uma fantasia.
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Digissexual
É o movimento das pessoas que, além de estarem estabelecendo mais relações virtuais, também estão buscando a inteligência artificial, a realidade virtual e a robótica para suprirem suas necessidades físicas, emocionais e, por que não, sexuais.
Este post não tem o intuito de criar rótulos, mas sim de incentivar o respeito e a compreensão pela diversidade erótica.
Coloca abaixo nos comentários: qual é a sua personalidade erótica e qual o tipo de erotismo que te atrai?
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